A busca pela aparência ideal é cada vez mais presente na sociedade moderna. Milton Seigi Hayashi, cirurgião plástico, explica que, embora cuidar da imagem pessoal seja algo positivo, é fundamental reconhecer o limite entre a vaidade saudável e o transtorno conhecido como dismorfia corporal. Neste artigo, você vai entender o que diferencia esses dois comportamentos, quais sinais indicam um problema psicológico e como manter uma relação equilibrada com o próprio corpo e a estética.
O que é vaidade e por que ela é importante para a autoestima?
De acordo com Milton Seigi Hayashi, a vaidade, em seu sentido mais saudável, está relacionada ao cuidado pessoal e à valorização da própria imagem. Cuidar do corpo, investir em tratamentos estéticos e buscar o bem-estar físico e emocional são atitudes que contribuem diretamente para a autoconfiança e o equilíbrio psicológico.

Segundo Hayashi, a vaidade moderada é um reflexo da autoestima e do amor-próprio. Quando uma pessoa se sente bem com sua aparência, tende a desenvolver relacionamentos mais saudáveis, maior disposição e até melhor desempenho no trabalho. No entanto, esse cuidado deve estar associado à aceitação do próprio corpo e não à obsessão por padrões inalcançáveis.
O que é dismorfia corporal e como ela se manifesta?
A dismorfia corporal é um transtorno psicológico caracterizado pela preocupação excessiva com imperfeições reais ou imaginárias na aparência. Pessoas que sofrem com esse distúrbio tendem a enxergar defeitos inexistentes e passam a buscar, compulsivamente, procedimentos estéticos ou comportamentos de compensação para corrigi-los.
Entre os sintomas mais comuns estão o espelho como fonte constante de angústia, a insatisfação contínua com o corpo e a necessidade de esconder ou modificar partes específicas da aparência. Em casos mais graves, o indivíduo pode evitar convívios sociais, desenvolver ansiedade e até depressão. A principal diferença entre a vaidade saudável e a dismorfia corporal está no equilíbrio. Enquanto a primeira busca o bem-estar, a segunda está associada a uma visão distorcida de si e à incapacidade de se sentir satisfeito com a própria imagem.
Quando a vaidade deixa de ser saudável?
É normal desejar melhorar algum aspecto do corpo, mas o problema começa quando essa busca se transforma em uma necessidade constante e angustiante. O excesso de procedimentos estéticos, a comparação com influenciadores e a obsessão por aprovação social são alguns sinais de alerta.
Hayashi destaca que a linha entre vaidade e dismorfia é tênue, e o autoconhecimento é a melhor ferramenta para identificá-la. Quando o desejo de mudar ultrapassa o limite do bem-estar e passa a gerar sofrimento emocional, é essencial buscar ajuda profissional. Além disso, o acompanhamento psicológico pode auxiliar o paciente a compreender a origem dessa insatisfação e desenvolver uma relação mais saudável com a própria imagem.
Como identificar e lidar com a dismorfia corporal?
Reconhecer o problema é o primeiro passo. Pessoas que vivem em constante insatisfação com a aparência, mesmo após diversas intervenções estéticas, podem estar sofrendo com dismorfia corporal. O tratamento geralmente envolve acompanhamento psicológico e, em alguns casos, psiquiátrico. O apoio familiar e o acompanhamento de profissionais éticos são fundamentais nesse processo.
Cirurgiões plásticos conscientes, como Hayashi, desempenham um papel importante ao orientar seus pacientes sobre expectativas realistas e ao recusar procedimentos desnecessários. Essa postura responsável contribui para a saúde mental e para a valorização da beleza individual. Cuidar da aparência é um ato de amor-próprio, mas é preciso estar atento para que esse cuidado não se transforme em dependência estética. A vaidade saudável motiva, eleva a autoestima e reflete bem-estar; já a dismorfia corporal aprisiona o indivíduo em um ciclo de insatisfação constante.
Autor: Alexey Popov
