O Estado do Paraná deu um passo importante na luta contra a violência doméstica ao implementar um projeto inovador voltado à proteção das mulheres em situação de risco. A iniciativa introduz o uso de dispositivos tecnológicos como tornozeleiras eletrônicas para os agressores e celulares para as vítimas, promovendo um monitoramento ativo e em tempo real. O principal objetivo é impedir a aproximação indevida e garantir que medidas protetivas sejam efetivamente cumpridas. Esta medida, além de preventiva, representa um avanço no uso da tecnologia a serviço da segurança pública.
A proposta se baseia em um modelo de dupla vigilância, no qual tanto o agressor quanto a vítima são monitorados simultaneamente por meio de geolocalização. Caso o agressor ultrapasse o limite de distância estabelecido, um alerta é imediatamente enviado para as forças de segurança e para a mulher envolvida. A ação rápida permite que providências sejam tomadas antes que o risco se concretize. Essa abordagem também contribui para inibir novas tentativas de violência, ao criar um sistema que fiscaliza, em tempo real, o cumprimento das restrições judiciais.
Esse projeto-piloto, que teve início em algumas cidades paranaenses, está sendo observado com atenção por outros estados do Brasil. O uso combinado de tornozeleiras e celulares representa um avanço significativo em comparação a medidas anteriores, que muitas vezes falhavam por falta de fiscalização adequada. Com o novo sistema, o Paraná consegue transformar a tecnologia em uma ferramenta de empoderamento e proteção, permitindo que a mulher se sinta menos vulnerável e mais segura no seu cotidiano.
O envolvimento de diversas instituições estaduais tem sido essencial para o sucesso da iniciativa. Além da Secretaria da Segurança Pública, o projeto conta com o apoio do Judiciário e do Ministério Público, o que facilita a concessão rápida de medidas protetivas e a instalação dos dispositivos eletrônicos. A integração entre os órgãos permite uma resposta ágil e eficaz, reduzindo a burocracia e aumentando a proteção real para quem mais precisa. Essa união institucional fortalece a credibilidade do projeto e mostra que o enfrentamento à violência contra a mulher é uma prioridade para o Paraná.
Outro ponto importante é o treinamento dos profissionais que atuam na linha de frente desse sistema. Policiais, assistentes sociais e equipes técnicas foram capacitados para lidar com as ferramentas e com as vítimas, garantindo não apenas a eficácia da tecnologia, mas também o acolhimento humanizado. Esse cuidado com o fator humano é essencial para que as mulheres confiem no processo e aceitem participar do programa. A empatia, aliada à inovação, reforça o compromisso do estado em proteger as vidas de milhares de paranaenses.
O Paraná tem mostrado que é possível unir inovação e sensibilidade na criação de políticas públicas eficazes. Ao investir em soluções tecnológicas voltadas à proteção das mulheres, o estado não apenas previne crimes, como também envia uma mensagem clara à sociedade: a violência doméstica não será mais tolerada ou ignorada. Essa postura ativa rompe com o histórico de impunidade e dá voz às vítimas, criando um ambiente mais seguro e justo.
Embora esteja em fase inicial, o projeto já apresenta resultados promissores, com redução no número de reincidências e relatos positivos por parte das participantes. A sensação de estar sendo protegida por um sistema eficiente tem efeito direto no bem-estar emocional das vítimas, muitas das quais passam a retomar suas rotinas com maior confiança. Os dados que surgem reforçam a importância de expandir a iniciativa para mais regiões, ampliando o alcance da proteção.
Com essa estratégia ousada, o Paraná se consolida como um exemplo de inovação social no combate à violência de gênero. O uso da tecnologia não substitui políticas públicas, mas atua como um importante complemento. O sucesso dessa ação reforça a necessidade de continuar investindo em soluções que unam segurança, justiça e dignidade. Afinal, proteger a vida das mulheres é uma urgência que não pode mais ser adiada.
Autor : Alexey Popov